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Assista os vídeos :http://www.jornaldebrasilia.QUE VERGONHA!!!
Gravação de genro de ministro e Roriz
Do iG: O delegado da antiga coligação encabeçada por Joaquim
Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal, Eri Varela, disse ao iG
que vai ingressar nesta sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF)
com uma queixa-crime contra o ministro Carlos Ayres Britto, sua filha,
Adriele Ayres de Britto, e seu genro, Adriano Borges. Eri Varela está
de posse de uma gravação de vídeo feita no começo do mês
mostrando uma conversa entre Adriano Borges e o ex-candidato ao
governo do Distrito Federal Joaquim Roriz. Na gravação, o advogado
e o então candidato discutem uma forma de interferir no resultado do
julgamento que o STF faria dias depois sobre recurso que o
ex-governador moveu contra sua inclusão na lei do Ficha Limpa
decidida pela Justiça Eleitoral.
Caso sua inclusão no Ficha Limpa fosse mantida pelos ministros do
Supremo, Roriz não poderia mais ser candidato. No vídeo, Borges e
Roriz falam em honorários na casa de R$ 4,5 milhões para a missão.
Eri Varela diz ainda que a representação incluirá o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, cujo nome é citado
num trecho do video.
Nas gravações, o genro do ministro diz que sua assinatura e o
papel timbrado de seu escritório na representação feita por Roriz
ao STF levariam seu sogro, Ayres Britto, a se declarar impedido.
Segundo as regras vigentes, ter o genro como advogado de uma das
partes é motivo bastante para que um ministro se declare impedido.
Roriz dá a entender na gravação que, caso permanecesse na
votação, Ayres Britto seria contrário ao seu pleito. A conversa
entre os dois não prosperou.
Dias depois, na madrugada de sexta-feira (24), o Supremo Tribunal
Federal encerrou a sessao de votação do recurso de Roriz com um
empate, 5 a 5. Ayres Britto votou contra Roriz. Diante do impasse, na
manhã seguinte o candidato ao governo do Distrito Federal renunciou a
favor de sua mulher, Weslian.
“[Vamos entrar com uma] Notícia-crime para o STF investigar e
chegar a conclusão que se queria sobre a participação de ministro
que autoriza seu genro a extorquir um cidadão de 74 anos”, disse
ao iG o advogado de Roriz, Eri Varela.
A gravação, realizada no dia três de setembro, antes do
julgamento do caso de Roriz no Supremo, foi feita no escritório do
político, em sua residência em Brasília. De acordo com Eri,
membros da coligação instalaram câmeras no local para a proteção
do ex-governador, que não teria conhecimento do fato.
“Para autoproteção, nós, coligação, determinamos que o
escritório dele tivesse um esquema lá. Nós colocamos a câmera e o
rapaz esteve lá. Depois o governador tomou conhecimento. (…) No
escritório o governador só vai ter assuntos mais reservados,
algumas vezes a pessoa conversa um assunto e sai dizendo outro”,
disse Eri.
Em nenhum momento do vídeo Roriz acena com a possibilidade de
fechar negócio com Adriano. Durante as negociações, o advogado
sugere um “pró-labore” de R$ 1,5 milhão no começo da ação e
R$ 3 milhões com o “êxito”. O genro do ministro argumenta que o
êxito seria tornar Ayres Britto impedido de votar no recurso de Roriz
contra a Ficha Limpa.
Eri Varela disse que a notícia-crime envolverá Adriele, a filha de
Britto, pois ela e Adriano formam uma banca de advogados e, nas
gravações, durante a negociação do pagamento, ele diz que precisa
conversar com sua sócia. Em nenhum momento do vídeo, contudo,
Adriele é citada nominalmente.
Procurado pelo iG, o ministro Britto afirmou que Adriano contou-lhe
que havia conversado com Roriz sobre a possibilidade, mas diz que
houve “contato, e não contrato”. Segundo o ministro, Adriano se
mostrou ingênuo e está arrependido. “Não tenha nada a ver com
isso (…) Adriano que responda pelo que fez”, diz o ministro.
Para Eri Varela, porém: “os dois, [que agiam] com o conhecimento
do ministro. O genro (Adriano) disse que ele poderia advogar para
qualquer um com exceção do Paulo Maluf”. Segundo ele, durante as
negociações, Adriele e Adriano chegaram a ter seus nomes incluídos
no recurso extraordinário que seria enviado ao STF. Mas, de acordo
com Eri, o advogado da coligação, Eládio Carneiro, retirou os dois
após o que ele taxou de “tentativa de extorsão contra Roriz” por
parte de Adriano.
Adriano José Borges Silva diz ao iG, por intermédio de sua
assessoria de imprensa, que se sente “profundamente chantageado”
pela exposição do vídeo de sua conversa com Roriz. Ele destaca que
se trata de uma tentativa de incriminá-lo e de prejudicar o ministro
Ayres Britto. Segundo a assessoria, uma leitura atenta do vídeo pode
mostrar que Adriano se coloca como um profissional para trabalhar nas
peças jurídicas.
A assessoria do advogado também destaca que a conversa ocorreu na
manhã do dia 3 de setembro, antes de o caso ser distribuído e o
ministro Ayres Britto ter sido apontado como relator do processo de
Roriz. Adriano preferiu não comentar os valores envolvidos na
negociação com Roriz.
Eri diz que amanhã vai notificar o STF da situação como um todo.
“Para o STF resolver o problema de Ayres Britto, Lewandowski e seus
filhos. Para limpar por dentro o que quer limpar por fora”, disse
Eri. Na gravação, quando Roriz diz ter pressa para que o STF julgue
logo seu recurso, Adriano afirma, numa referência ao presidente do
TSE e ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski:
– É importantíssima uma conversa com o Ministro Lewandowski,
para ele imediatamente receber o extraordinário, porque caso
contrário, vai demorar… Ele vai passar aí 3, 4, 5 dias com
esse…. Ele vai ter que abrir vista para outra parte e já perde aí
uma semana, uma semana e meia.
É a única referência ao ministro no vídeo. “Na fita, diz que
ele tem intimidade com Lewandowski, para liberar imediatamente. Tem
outras situações do Lewandowski que eu explico em petição que vou
encaminhar ao Presidente [do STF]”, disse ao iG Eri Varela.
Questionado sobre o motivo de não ter apresentado a notícia-crime
antes do julgamento, Eri alegou que não pretendia interferir na
dinâmica do Supremo. “Nós não utilizamos em respeito ao STF e
porque acreditávamos que teria um julgamento definitivo. Para não
dizer que estávamos tentando ganhar no grito. Como a Corte está
pacificada nós vamos representar contra o genro, a filha, Ayres e
Lewandowski”.
Imprima sua colinha do Olair http://www.olairfrancisco.com.br/index. php
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